samedi 27 avril 2019

[En Teléchargement ] Émission de Radio Vosstanie : EC=3 Du 21 avril 2019

Émission EC=3

Exercice de critique à partir de l'actualité (3)


du 21 avril 2019 à 14h en direct
Avec Zones subversives, Garap, Vosstanie !

avec notre rubrique propsac bien sûr....

Thème de la seconde partie de l'émission:

Du Situationnisme, ne reste-t-il que des marchandises radicales ?

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TITRES ÉVOQUÉS PENDANT L’ÉMISSION
 








jeudi 25 avril 2019

[Archives 2014] Émission La lutte des classes au Portugal : 17h30 de sons.

Archives 2014
Émission La lutte des classes au Portugal
(Sur la révolution dite des "oeillets" ou la transition démocratique portugaise)
17h30 de sons.
pour les 45 ans ...

Cette émission est dédiée aux prolétaires anonymes, aux insoumis, déserteurs, objecteurs, à ceux qui ne dissocient 
pas les moyens et les fins.


In memoriam


Carlos da Fonseca (1940-2017)

https://arqoperaria.blogspot.com/2017/10/introduction-lhistoire-du-mouvement.html



Émission du  6, 13, 20 septembre 2014


*
 Pour la trame de notre émission nous nous inspirons de l'ouvrage de Phil Mailer.
Portugal: The Impossible Revolution ?  First published by Solidarity (London) 1977.
 Portugal: a revolução impossível ? - Porto Ed Afrontamento 1978.




1ere partie
Enregistrée le 6 septembre 2014

*
Présentation
Objet et but de l'émission - A propos de Le Portugal ...? et Après ! - ArqOperaria ?
De la mémoire à l'enterrement. Nos propres limites....

Situation historique et 
données économiques de l'époque.
-
La conception putschiste 
de la révolution sociale. 
Le rôle de l'armée ou la conception bourgeoise de la révolution.
Avec Charles Reeve 
(Autour de l'ouvrage édité aux Éditions Spartacus en 1976) 

Voir aussi notre émission du 25 janvier 2014 
(Itinéraire bio-bibliographique)

*

TELECHARGER LA 1ère PARTIE
227 minutes

*
Sur les expériences d'auto-organisation.
Commissions de "moradores", commissions de travailleurs, commissions inter-entreprises, occupations des terres, sur le non grand-parti.

Témoignage sur les commissions 
de "moradores" et parcours de:
 José Hipólito dos Santos. 
Ancien membre de la LUAR (Liga de Unidade e Acção Revolucionária) - Des Cadernos de Circunstancia.
Acteur de la révolte da Sé en 1959 et du "Golpe de Beja" le 1er Janvier 1962.
-
TELECHARGER LA 2ème PARTIE
136 minutes


+ Itinéraire En 5 parties.





1- Premiers engagements - Seara nova et Antonio Sergio - La révolte da Sé - Golpe de Béjà, la prison.


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2 - L'Exil - de L'Algérie au Maroc.

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3 - Les Cadernos de Circunstância et Mai 1968.

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4 - La LUAR.

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5 - Retour au Portugal en 1974 . Des "moradores" au PRP.

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- Sur les Cadernos de Circunstância - 
41 minutes -

TELECHARGER LA 3ème PARTIE
(Les 5 parties de l'itinéraire en 1 fichier compressé)
274 minutes


Sem Mestres nem Chefes o povo tomou a rua A Revolta de BEJAFelizmente Houve a LUAR - Para a História da Luta Armada Contra a Ditadura
* 

2ème partie.
Diffusée le 13 septembre 2014


L'expérience du Journal Combate (1974-1978)
A l'initiative du journal avec Rita Delgado et João Crisóstomo.



192 minutes


Jornal Combate  Totalité des numéros





Publié en portugais Vosstanie Éditions

Era um mundo - Prefácio / João Bernardo


*
3ème partie.
Enregistrée le 20 septembre 2014


Les forces "politiques" en présence.

Régressions, récupérations et limites. 
De "l'autogestion" au capitalisme d'Etat, de l'autonomie aux élections, la non-révolution culturelle, Une expérience Portugaise ? Pour une critique de la chronologie "politique".

40 ans après quelles perspectives ?
Débat et point de vue autour de "Les Portugais face à la crise - Grèves, manifestations, occupations 2010-2013 " traduit du portugais par le collectif Les Ponts Tournants et édité  par les Edições antipáticas.  Avec le GARAP.

(Discussions sur "les Portugais face à la crise" du 11 et 13 avril 2014 avec des membres du Collectif des Edições antipáticas)

Télécharger
Rencontre du vendredi 12 avril 2014 à Paris  [Télécharger]
- Rencontre du dimanche 13 avril 2014 au Rémouleur à Montreuil [Télécharger]

Conclusion de l'émission

João Bernardo, Charles Reeve, José Hipólito dos Santos, Eduardo de Sousa de librairie Letra Livre à Lisbonne, au Garap.

Mais aussi à 
Brunel, Blek, Henrique, Lino, Ben, Rosa, Anne-Emilie de Radio Panik, Manuel, Tonio, Judith et les autres....


A suivre...

Pour suivre la compilation de documentation en cours:



Photographie de José Marques

Série de cartes postales éditées sous: 

A Esquerda da Esquerda documentos para a História de uma Revolução






ON LIRA ÉGALEMENT SUR LE SUJET

À propos de la sortie prochaine de l’ouvrage, 
Histoire populaire de la révolution portugaise de 1974-1975 de Raquel Varela aux Éditions Agone (2018) 

dimanche 7 avril 2019

A partir du 7 avril 2019 à 14h deux semaines de sons version [ES]

A partir du 7 avril 2019 à 14h deux semaines de sons version [ES] en diffusion sur Radio Vosstanie !


 Grèves, luttes, autonomie ouvrière en Espagne.  

Une sélection d'émissions:

Pepitas de Calabaza - Josep Rebull - Vitoria 1976 - Lucha autónoma en el Puerto de Barcelona (1976-1986) - Mary Low y Zeki en el recuerdo - El movimiento obrero en Asturias durante el Franquismo - De la miseria en el medio situacionista - Munis - Los grupos autónomos armados en la Transacción - La huelga de la construcción asturiana (1977) - Etcétera

 ANÁBASIS – Ανάβασις

Historia, memoria, conflicto. Lunes a las 18:00 en Radio QK, 107.3 FM |

 www.radioqk.org, la radio libre de Uviéu.


 
¡Proletarios de todos los países, uníos! 





mardi 26 mars 2019

Era um mundo - Prefácio / João Bernardo

Era um mundo

(Prefácio)
João Bernardo
É comum os autores aproveitarem os prefácios para corrigir os erros, ou o que lhes parece serem erros, dos textos reeditados. Mais frequente ainda é aproveitarem para explicar que mudaram de ideias quanto a isto e aquilo. Não vou fazer nada disso, mas previno o leitor de outra coisa, muitíssimo mais importante:

Com excepção do ensaio apresentado em anexo, Gestores, Estado e Capitalismo de Estado, as páginas deste livro referem-se a um mundo que já não existe.

Era um mundo onde o toyotismo começava a dispersar fisicamente a força de trabalho que antes o fordismo concentrara nas mesmas instalações, fossem industriais ou de serviços, mas sem que essa dispersão tivesse ainda alterado substancialmente o quadro em que os trabalhadores estabeleciam relações de solidariedade. A uberização foi o decisivo passo em frente no processo iniciado pelo toyotismo. E num sistema em que os trabalhadores se relacionam apenas, ou quase, mediante uma rede computorizada cujo centro é ocupado exclusivamente pela administração da empresa, como será possível fundar um novo campo de relações solidárias que não seja meramente virtual?

Era um mundo onde a concentração no processo de trabalho oferecia uma base sólida para se lutar pela ultrapassagem da miríade de divisões sexuais, de tons de pele, de culturas. Onde a internacionalização do capital e depois a sua transnacionalização convertiam o internacionalismo, de aspiração futura, em verosímil projecto imediato. Um mundo onde a incipiente dispersão física da força de trabalho não diluíra ainda a noção de que ser trabalhador é o facto decisivo e que neste facto se funda a possível consciência de que existe uma classe, consolidada por elos de solidariedade. Mas os identitarismos e, mais grave ainda, a tendência à proliferação crescente de identitarismos tornaram-se a ideologia adequada à uberização da força de trabalho e reforçam a sua dispersão física. E se não sabemos como fundar neste sistema de trabalho um novo campo de relações solidárias, como saberemos proceder a uma crítica eficaz, porque prática, dos identitarismos?

Era um mundo em que predominava a consciência da clivagem entre os que trabalham e os que aproveitam o trabalho dos outros, entre os que não têm possibilidade de gerir o seu próprio tempo de trabalho e os que gerem o tempo de trabalho alheio. Mas a hegemonia adquirida pelos identitarismos, ao dissolver a noção de classe trabalhadora, serviu de fundamento à multiplicação de mecanismos capitalistas no interior de cada identidade. Como poderemos lutar contra um identitarismo que é supraclassista não só no verniz da ideologia mas, mais drasticamente, nos alicerces económicos, reforçando assim o capitalismo?

Era um mundo onde a concentração física da força de trabalho, que lhe impunha a necessidade de ultrapassar as divisões de sexo, de cor ou de cultura, constituía a base para reivindicar o fim das censuras e o direito de expressão. Um mundo onde não só os poucos profissionais das artes mas ainda os muitíssimos mais que se esforçavam por inventar uma certa arte de viver rompiam com os puritanismos e transformavam o escândalo num estilo. Mas a multiplicidade de identitarismos veio erguer novas censuras e novos impedimentos, cada um os seus. E como poderemos ludibriar esta teia de obstáculos para reatar um pensamento crítico?

Era um mundo onde as aspirações anticapitalistas ou tomavam como modelo o comunismo soviético ou o comunismo chinês ou, repudiando qualquer deles, procuravam inspiração nas relações de solidariedade práticas instauradas aqui e ali, um pouco por todo o lado, em processos de ocupação e autogestão dos locais de trabalho. Um mundo onde o anticapitalismo, como quer que fosse entendido, se referia à base da sociedade. Como poderemos reconstruir agora o anticapitalismo com trabalhadores dispersos pela uberização, fragmentados pelos identitarismos, mobilizados pelos novos mecanismos capitalistas que sustentam a base de cada identidade, enleados pelas novas censuras do politicamente correcto?

Na história, como em muitas outras coisas, o que morre não ressuscita. As páginas deste livro referem-se a um mundo morto e enterrado. Quando as escrevi, procurei escrevê-las como uma análise da história. Hoje, ao passar os olhos por elas, entendo-as como parte da própria história, que necessitam de uma análise. Mas qual?

O mundo que morreu não se limitou a morrer. Morreu de uma dada forma e foi substituído por dados problemas, e tanto uma como os outros constituem o terreno sobre o qual, queiramos ou não, vivemos e somos obrigados a agir. Uma certeza devemos ter, e é a única — que é nocivo tomar como modelo o que está morto, que é inútil reconstruir o que foi enterrado. Mas esta certeza não nos adianta muito, porque para a prática nova nós dispomos apenas das palavras antigas. A revolução francesa fez-se com o vocabulário político greco-romano, a revolução russa de Outubro com o vocabulário da revolução francesa e aquele vasto movimento a que usualmente se chama Maio de 68 usou o vocabulário da revolução russa. Este retardamento da história que se conhece relativamente à história que se faz é a nossa condenação. Será que alguma coisa se pode salvar?

Se alguma coisa se salva, talvez seja aquela que para mim é a mais importante, a noção de que a forma é o verdadeiro conteúdo. Esta é uma noção de origem estética, esboçada pelos dandies do século XIX e aplicada sistematicamente no século XX pelos neoplasticistas e pelos seus continuadores, e que preside a todas as minhas análises dos movimentos sociais. É a forma das relações que determina as suas potencialidades e as linhas de desenvolvimento possíveis. É a forma das relações estabelecidas numa dada luta que determina a sua capacidade para romper, ou não, com os sistemas de organização capitalistas, para fundar um relacionamento igualitário ou para reproduzir novas burocracias, para passar além ou para envernizar com outros tons o presente.

É nestes termos que, procurando libertar-me do mundo morto, tento perceber os contornos do mundo em que agora vivo.

Novembro de 2018


ÍNDICE

p.9 - PREFÁCIO

p.13 - ECONOMIA E POLÍTICA DA CLASSE DOMINANTE (1975)

p.75 - A PROPÓSITO DA TEORIA DO MODO DE PRODUÇÃO COMUNISTA (1977)

p.88 - O DINHEIRO: DA REIFICAÇÃO DAS RELAÇÕES SOCIAIS ATÉ O FETICHISMO DO DINHEIRO (1983)

p.117 - A AUTONOMIA NAS LUTAS OPERÁRIAS (1986)

p.140 - A PROPÓSITO DA ECONOMIA DOS CONFLITOS SOCIAIS (1992)

p.146 - AUTONOMIA DOS TRABALHADORES, ESTADO E MERCADO MUNDIAL (1994)
p.156 - PRÁTICA, IDEOLOGIA E AUTONOMIA OPERÁRIA / ENTREVISTA COM A REVISTA RUPTURA (2009-2011)

p.174 - EPÍLOGO E PREFÁCIO (2009)

[ANEXO]

p.200 - GESTORES, ESTADO E CAPITALISMO DE ESTADO (1985)

p.242 - BIBLIOGRAFIA DO AUTOR

p.245 - ÍNDICE DE NOMES E ASSUNTOS 




Publicaçõe papel (Tiragem limitada) pdf (livre)
Vosstanie Éditions Março 2019
Prefácio
Bibliografia, índices de nomes e assuntos brochado 253 págs - 16€

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mercredi 20 mars 2019

Quand est brisée la croûte du conformisme quotidien / Louis Mercier-Vega

Quand est brisée 
la croûte du conformisme quotidien*


Dans le permanent effort de découverte des problèmes sociaux, dans le constant bouillonnement d’idées cernant les événements et cherchant à les pénétrer, il est possible de retrouver des constantes libertaires, des fils parfois ténus mais rarement rompus, même quand les appellations changent, même quand leur permanence se trouve masquée par l’infinie variété des jeux de tendances, par la vivacité des querelles, par les rivalités internes. Dans le creuset libertaire, les résidus des décompositions marxistes rejoignent les rebelles individualistes et les sous-produits des décantations rapides des multiples écoles révolutionnaires. Leur commun dénominateur est la recherche d’une démocratie directe, leur méfiance envers les appareils en place, y compris ceux qui se disent ouvriers ou se proclament révolutionnaires. De Socialisme ou Barbarie, de la tradition des « communistes de conseil », de la persistance anarcho-syndicaliste, l’alimentation en petites publications, en dévouements, assure une continuité sans faille alors que groupes et groupuscules proches se mènent une guerre d’influence ou affectent de se mépriser.

L’erreur serait de voir en ces militants des créateurs de mouvements populaires quand ils sont des mainteneurs de conceptions, convaincus que les vérités dont ils sont détenteurs et qu’ils entretiennent en chambre éclateront tôt ou tard dans les faits, dans les usines et dans la rue, et point désespérés quand, après une évidente manifestation de l’événement tel qu’ils l’annonçaient, reviennent les époques où apparemment rien ne se passe et où la lucidité ne peut plus espérer mordre sur les phénomènes sociaux.

Les rapports entre militants, groupes de propagande, organisations anarchistes d’une part - en classant sous ces étiquettes tout ce qui est effectivement de caractère antiautoritaire - et l’éclosion de mouvements révolutionnaires d’esprit libertaire d’autre part, ne sont pas aussi faciles à établir que le croient les partisans du simplisme de cause à effet. Entre la propagande et l’explosion sociale on ne rencontre pas seulement des problèmes de dimension - modestie des moyens d’agitation en regard de l’énormité sociétaire - et des conjonctures complexes - où entrent d’innombrables facteurs économiques, de pouvoir, de tradition, de structures organisationnelles - mais aussi des images, des tabous et des espoirs dont le subconscient est encombré et qui font surface quand est brisée la croûte du conformisme quotidien ou que les circonstances autorisent l’action.


* Titre Vosstanie

Extrait de L'increvable anarchisme de Louis Mercier-Vega, Union générale d'éditions, 10-18 n°474, 1970, réédité aux Éditions Analis en 1988.

mardi 19 mars 2019

Publicado / Vient de Paraitre [Vosstanie Éditions ] Era um mundo / João Bernardo

Publicado

Era um mundo
Libertar-se do mundo morto

 João Bernardo 


 Um livro em português

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Publicaçõe papel (Tiragem limitada) e pdf (livre)
Vosstanie Éditions Março 2019
Prefácio
Bibliografia, índices de nomes e assuntos
 brochado 253 págs - 16


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"O mundo que morreu não se limitou a morrer. Morreu de uma dada forma e foi substituído por dados problemas, e tanto uma como os outros constituem o terreno sobre o qual, queiramos ou não, vivemos e somos obrigados a agir." 


João Bernardo nasceu em 1946. Em 1965 foi expulso de todas as universidades portuguesas por motivos políticos durante um período de oito anos. Como militante foi preso três vezes pelo regime fascista em 1965-1966. Clandestino em Portugal, exilou-se em Paris de 1968 até 1974. Fez parte do colectivo que criou e manteve o jornal Combate, publicado de 1974 a 1978. De 1984 a 2009 foi convidado a leccionar em várias universidades brasileiras em cursos de pós-graduação.



Em francês

Entretiens avec João Bernardo
Labyrinthes du fascisme
Émission La Lutte des Classes au Portugal




lundi 28 janvier 2019

Archive contemporaine du spectacle de l’avant-garde

Archive contemporaine du spectacle 
de l’avant-garde.



D’une certaine manière les archives militantes font écho ou produisent de l'écho, c’est-à-dire qu’elles génèrent comme forme de retour des discours réfléchies par une discontinuité rencontrée dans le médium de propagande, une confirmation ou une reformulation de discours. Surtout pour ceux qui s’engagent ou tentent de s’organiser pour lutter contre la neutralisation.

Mais le propre des idéologies, c’est qu’elles reviennent en quelque sorte au point d'émission (c’est-à-dire aux militants eux-mêmes.) avec une amplitude déformée et donc différente du “message” initial, parce qu’elles sont ré-agencées par le délai du temps.

C’est ce qui donne de l'intérêt à l'écho du discours performatif politique c’est la lecture littérale de la prose engagée. Elle est intéressante plus précisément quand elle revient de son choc avec la matière sociale plus ou moins dure, fixe, protéiforme, en mouvement, et même flasque.

Pour illustrer notre propos qui pourrait passer pour une forme d’introduction à un traité de critique d’économie acoustique rien de mieux que de le préciser par un exemple choisi presque au hasard de nos excavations.
 
On pourra faire l’analogie avec beaucoup de groupements politiques de l’époque dont les mots d’ordre résonnent encore sur les nouveaux prétentieux.

En mars 1974 la revue de l’OCL [1] (Organisation communiste libertaire) structurée quelques années auparavant autour d'une première série par le Mouvement Communiste Libertaire (MCL), Guerre de classe (1971-1976)  qui s’affichait d’ailleurs singulièrement “POUR LE POUVOIR INTERNATIONAL DES CONSEILS OUVRIERS” reprenait en sous-titre de son journal un extrait de sa plateforme daté de juillet 1971 que voici :
“L'avant-garde réelle, ce n'est tel ou tel groupe qui se proclame la conscience historique du prolétariat, c'est effectivement ceux des travailleurs en lutte qui sont à la pointe des combats…”
Comme nous le soulignions dans le texte: Quelques réflexions sur Les cinq thèses sur la lutte des classes de Anton PANNEKOEK les “courants révolutionnaires antiautoritaires [...] n’ont finalement su que se positionner par rapport [...]au léninisme” et ce sous-titre de revue qui ne sera d’ailleurs plus exploité dans les numéros suivants indique pourtant énormément de chose d’un certain rapport à l'engagement. 

Il ne s’agit pas de minimiser ou de dénigrer les participants à ces revues, mais de dégager ce qui nous interpelle textuellement dans cet exergue et qui se trouvait dans cet extrait de plateforme [2]. Elle semble toujours être la manière dont les militants [3]  se perçoivent et se pensent au mouvement réel.

Ce que l'on peut trouver déplaisant dans un premier temps, n’est-il pas de trouver ce type de sous-titre dans un journal libertaire ? Certes, il s’agissait d’un certain courant du mouvement anarchiste, mais n’est-ce pas également un type de positionnement ou d’attitude, même si elle n’est pas clairement explicitée et aussi littéralement, que l’on rencontre dans la plupart des courants  des minorités agissantes ? Mais comment peut-il être simplement concevable plus généralement que l’on puisse penser qu’il y est une avant-garde ?

Que cette “avant-garde” soit constituée par des travailleurs “en lutte”, relève à notre avis d’une forme de démagogie classiste et ouvriériste.

Qu’on la propose comme étant plus “réelle” pour prendre le contre-pied des groupuscules léninistes, ne change pas grand-chose, car elle sous-tend le même imaginaire viril et sacrificiel, et même élitaire (même s’il est inversé) puisqu’il serait à la “pointe”. Laissant entendre donc qu’il y a une arrière-garde, des derniers de cordées qui se chargerait de la queue des “sous-combats”.

La notion d’avant-garde charrie avec elle, que ceux qui seraient en “pointe” seraient les plus conscients et donc ceux qui seraient en retrait ou à la marge ne pourrait pas matériellement en être ou le seraient moins. Si ici, ils semblent être plus “pratiques” et liés aux “luttes” mais pourquoi ces combats ne seraient pas et tout aussi légitimement à la pointe du “théorique” ? Voilà donc l'écueil typique du mouvementisme qui pense que le jugement du réel se trouve dans son praxeo-centrisme inspiré d’une interprétation littérale et réductrice et anti-léninienne des thèses sur Feuerbach de Karl Marx

Comme le notait Henri Lefebvre sur les thèses :
Le critère de la pratique, posé dans la thèse II sur Feuerbach, sera pris par la suite pour un rejet de la théorie au profit de l'esprit pratique, pour une position empiriste et un culte de l'efficacité : pour un praticisme ou un pragmatisme. Au nom de la critique de la philosophie, on perdra de vue l'importance de la philosophie et le lien de la praxis avec le dépassement de la philosophie. [4]
Bien sûr, on se doit de souligner avec Henri Lefebvre qu’en se séparant de la praxis, la théorie se perd dans les mystères et le mysticisme.

Les “combats” seraient cet étalon de cet imaginaire de l’avant-gardisme. Mais de quels “combats” nous parle-t-on au juste ?

Comment dans un monde aux “inégalités” diverses, aux situations dans les rapports de production différentes et enchevêtrés, une philosophie libertaire et communiste qui se veut l'héritière du “De chacun selon ses moyens, à chacun selon ses besoins” [5] peut-elle déboucher sur ce genre de propos aussi séparés ?

Il ne s’agit pas de mettre sur le même plan la diversité des actes, simplement parce que le plus souvent, ils dépassent les intentions mêmes de ceux qui les posent et qu’ils doivent compter sur la négativité du réel et son foisonnement [6]. Ceci est tout aussi valable pour ceux qui se pensent de manière arrogante à la pointe des luttes.

Mais n’est-ce pas le propre de l’autonomisation organisationnelle que celui d’alimenter son existence propre, sa survie, par une dynamique illocutoire de la “rupture” à destination des missionnés ?


NOTES


Lire également Archive contemporaine du spectacle de la conscience

[1] Cette OCL fut désignée sous l’appellation d’OCL-1 afin de la distinguée de l’OCL qui naît en 1976 lors du changement de nom de l’ORA. Comme l’indique Georges Fontenis “Au Congrès de Nancy, en 1971, le MCL se transforme en OCL, Organisation communiste libertaire, avec l’apport de quelques groupes de l’ORA (Organisation révolutionnaire anarchiste), tendance de la FA de l’époque d’abord, puis organisation indépendante. Des tentatives de fusion entre MCL et ORA ont échoué, échec en partie dû à l’orientation du MCL de forte critique - voire du rejet - du militantisme dans les syndicats. Furieux de cette orientation, Daniel Guérin rejoint l’ORA qu’il quittera lorsqu’elle prendra à son tour une orientation ultra-gauche, "autonome" et antisyndicale. C’est ainsi que nous nous retrouvons à l’UTCL, scission de l’ORA, privilégiant l’action dans les syndicats.” http://www.danielguerin.info/tiki-index.php?page=Un+long+parcours+vers+le+communisme+libertaire

[2] Pour ceux qui veulent en savoir plus sur le plateformisme
 
[3] Le nom et adjectif militant est le participe présent du verbe militer, du latin militare « être soldat, faire son service militaire ».

[4] Sociologie de Marx, Presses universitaires de France p. 27

[5] Karl Marx, Critique du programme de Gotha. https://www.marxists.org/francais/marx/works/1875/05/18750500a.html

[6] Ce qui ne ne retire rien à ce qu’un projet conscient et lucide s'agence pour transformer le monde.