jeudi 31 décembre 2020

Vient de paraitre : Machismo, racismo, capitalismo identitário / Pablo Polese

Machismo, racismo, capitalismo identitário
As estratégias das empresas para as questões de gênero, raça e sexualidade
 Pablo Polese

Machismo, racismo, capitalismo identitário busca demonstrar os modos como as empresas capitalistas assimilam as pressões sociais decorrentes das lutas identitárias, em especial as lutas feminista e negra. Pablo Polese mostra neste livro que as empresas mais inovadoras estão incorporando as reivindicações e até as formas do identitarismo, usando-as como um dos fatores de crescimento da produtividade. Esta integração é fundamentalmente diferente do processo de assimilação das lutas dos trabalhadores, em que as lutas são, numa primeira fase, derrotadas internamente através de uma paulatina burocratização, e só assim desnaturadas é que são recuperadas e assimiladas pelo capitalismo. No processo de integração dos identitarismos, porém, não se verifica nenhuma deturpação da forma originária. Os identitarismos são incorporados tal e qual nos mecanismos da mais-valia relativa. Por meio desses mecanismos, as empresas arquitetam toda uma infraestrutura social e assim se tornam aptas a integrar as demandas das populações “periféricas” e das lutas contra as opressões de raça, gênero e sexualidade. Ao assim proceder, reforçam suas próprias raízes políticas, ideológicas e culturais nos locais onde atuam, estreitando os laços econômicos entre patrões e trabalhadores. Com a dinamização das elites empresariais, decorrente das pressões das lutas identitárias, ganha novo fôlego o desenvolvimento capitalista. Este livro trata, portanto, do modo como os capitalistas lidam com a agenda da diversidade, se antecipando e convertendo a luta contra o machismo, a homofobia e o racismo em algo lucrativo.

  Editora Hedra; 1ª edição / 230 páginas -  João Bernardo (Prefácio)

 

mercredi 28 octobre 2020

Éternelle rébellion quoi qu'il en soit

Éternelle rébellion quoi qu'il en soit

L'homme n'a pas de souci plus lancinant, plus douloureux que, resté libre, celui de se chercher, aussi vite que possible, quelqu'un devant qui se prosterner. Mais l'homme cherche à se prosterner devant ce qui est indiscutable, tellement indiscutable que tous puissent accepter ensemble de se prosterner devant d'un seul mouvement. Car le souci de ces malheureuses créatures n'est pas seulement de trouver devant quoi je pourrais me prosterner, moi ou tel autre, mais de trouver quelque chose à quoi chacun pourrait croire, devant quoi tous se prosterneraient - et obligatoirement ensemble. C'est ce besoin de vénération commune qui fait la souffrance essentielle de tous les hommes pris en tant qu'individus et de toute l'humanité dans son ensemble, depuis le début des siècles. Pour cette communauté de la vénération, ils se sont de tout temps entretués par le glaive.
Fiodor Mikhaïlovitch Dostoïevski 
in Les Frères Karamazov : Le Grand Inquisiteur.


vendredi 23 octobre 2020

EN TELECHARGEMENT - Émission EC=5 ! Les Portugais sont-ils des « racisés » ? / Radio Vosstanie !


  Émission du 20/09/2020 

de Radio Vosstanie ! EC=5 

  Thème de l'émission

Les Portugais sont-ils des « racisés » ? 

Une discussion et des commentaires de deux textes.

Notre réponse au pathétique CIRA de Lausanne (Centre International de Recherches sur l'Anarchisme)

TELECHARGER LE SON 

172 minutes  

§

Références

 Lúcia Bruno Qu'est-ce que l'autonomie ouvrière ? 

(Sur la révolution dite des "œillets" ou la transition démocratique portugaise)

Émission de Radio Vosstanie ! Pour une critique de l'Idéologie IDENTITAIRE

Quand le Peuple est V@chement Populaire

Journal Combate REPRINT complet  - Éditoriaux

ArqOperaria.net

Archives et documents sur la lutte des classes au Portugal et l’abolition du cadre national des luttes.


Sur Soundcloud

mercredi 9 septembre 2020

Da Revolução Burguesa à Revolução Proletária / Otto Rühle [ Vosstanie Éditions ]

DA REVOLUÇÃO BURGUESA
À REVOLUÇÃO PROLETÁRIA
 Otto Rühle

O livro pode ser encomendado

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Título original

Von der bürgerlichen zur proletarischen Revolution (1924)

Tradução realizada sobre a versão inglesa From The Bourgeois To The Proletarian Revolution, Socialist Reproduction, London, 1974.

VOSSTANIE Éditions 
Collecçaõ Arqoperaria

Junho 2019

Publicaçõe papel (Tiragem limitada)

Brochado 132 págs - 10€

Extracto do livro (PDF)


OTTO RÜHLE (1874-1943)


Professor e educador de profissão, toda a vida interessado pela educação e pela psicanálise, Rühle tornou-se, em 1911, deputado do SPD na Dieta da Saxónia, depois, em 1912, deputado do SPD ao Reichstag, apoiando a ala esquerda do partido.

Em Março de 1915 Rühle foi o segundo deputado, sendo o primeiro Karl Liebknecht, a recusar o voto aos créditos de guerra no Reichstag. Membro fundador da Liga Spartakus durante a guerra, Rühle abandonou este grupo para entrar para o ISD (mais tarde o IKD), tornando-se porta-voz do grupo para a área de Dresden do ISD.

Depois, em 1918, desempenhou um papel dirigente nos acontecimentos revolucionários na Saxónia, que levaram à queda do principado governante da Casa da Saxónia. A sua tendência em breve se desviou dos chamados conselhos operários locais social -democratas. Era porta-voz da maioria de esquerda na conferência da fundação do KPD em Dezembro de 1918 e principal propagandista do conceito de organização unitária durante este período.
A seguir à expulsão da tendência comunista de esquerda do KPD no Congresso de Heidelberg participou na fundação do KAPD, com a condição de que este se dissolvesse rapidamente na AAUD. Delegado do KAPD ao Segundo Congresso da Internacional Comunista, ao qual se recusou a comparecer depois de rejeitar as vinte e uma condições de adesão. Por isto foi expulso do KAPD em Outubro de 1920. Daqui em diante tornou-se leader teórico da tendência da «organização unitária», depois o iniciador da fun dação da AAUD-E em Outubro de 1921.

Deixou a organização revolucionária em 1925 e voltou-se uma vez mais para a actividade literária e cultural. Em 1933, com a sua esposa e colaboradora Alice Gurstel-Rühle, emigrou para Praga, e em 1936 para o México, onde exerceu, durante algum tempo, as funções de consultor para a educação de um governo «socialista». Empenhado neste período num diálogo político com Trotsky sobre as divergências políticas fundamentais entre eles, continuaram em desacordo, mas Rühle tomou parte no Comité formado nos USA por John Dewey, para examinar as acusações de Estaline contra Trotsky, defendendo a reputação deste.

Rejeitou a frente anti-fascista e, consequentemente, tomou uma posição derrotista internacionalista ao eclodir a Segunda Guerra Mundial. Contribuiu ocasionalmente ao longo dos anos trinta para o jornal International Council Correspondence (mais tarde Living Marxism), cujos outros colaboradores incluiam Anton Pannekoek e outros membros do Grupo Holandês Comunista Conselhista, e Karl Korsch, Paul Mattick e outros sobreviventes da corrente de esquerda comunista na Alemanha.

Começou a pintar aos 65 anos e conseguiu uma boa reputação neste campo com o nome de Carlos Timonero. Morreu no México em 1943.

VOSSTANIE Éditions 
Collecçaõ Arqoperaria
 Junho 2019



DA REVOLUÇÃO BURGUESA
À REVOLUÇÃO PROLETÁRIA
Otto Rühle


PREFÁCIO   p.9
Socialist Reproduction, London Revolutionary Perspectives (1974) 
  • Sobre as origens e infância da política revolucionária do proletariado.
  • O comunismo de esquerda na Alemanha de 1914 a 192.

DA REVOLUÇÃO BURGUESA A REVOLUÇÃO PROLETÁRIA p.52

Nota introdutória
1. As revoluções burguesas
2. O problema russo
3. O Estado capitalista burguês
4. Parlamento e partidos
5. Os sindicatos
6. A última fase do capitalismo europeu
7. Organização de fábrica e uniões operárias
  1. As origens do movimento unionista
  2. Natureza e objecto da AAUE
  3. Estrutura da BO
  4. Estrutura da união
  5. Tácticas
  6. Natureza da administração
  7. Inscrição
8. O sistema dos conselhos
9. A revolução proletária
OTTO RÜHLE — NOTAS BIOGRÁFICAS p.129
BIBLIOGRAFIA p.130

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lundi 7 septembre 2020

Publicado / Vient de paraître - Reprint : JORNAL COMBATE [1974-1978]

Jornal COMBATE
Reprint du Journal COMBATE
 
1974-1978
 
 [em português]




Vient de paraitre.

Il s'agit d'une édition complète [reprint]
de la totalité des numéros du
Journal COMBATE édité de 1974 à 1978. (51 numéros).

Août 2020
Ouvrage en portugais, relié (cartonnage)
21*29,7 - 560 pages.
49 Euros.
 
Le tirage limité.

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Quand le peuple est populaire - Vosstanie Éditions


mercredi 19 août 2020

Vieilles lectures pour cet été (III) - Qu'est-ce qui fait courir les militants ?

Vieilles lectures pour cet été (III)

 

 Qu'est-ce qui fait courir les militants ?

 

 

En sortant ce livre de Bourdet (Yvon) d'un carton, on se demande toujours qui peut lire ce livre ? Dans quel but ? Il n’est pas inintéressant  même si sa prétention sociologique est assez chiante.

Dans cet ouvrage, Yvon Bourdet ne peut s'empêcher de distinguer “les militants généreux de ceux qui ne cherchent qu’à prendre la place de la minorité exploiteuse” comme si la frontière était aussi étanche, aussi pure. Cet extrait présenté ici propose un peu de nuance par rapport à une conclusion qui se veut « constructive » peut-être « genéreuse ». Accordons à Yvon Bourdet d’avoir défendu une perspective anti-léniniste. De plus, nous restons avec un bon souvenir de son ouvrage Clefs pour l'autogestion co-écrit avec Alain Guillerm.  Ce dernier comparait de manière totalement psychédélique  les grèves de novembre  1995 au mouvement Spartakiste dans  une préface à une réédition (aux éditions la Digitale) de son Le Luxembourgisme aujourd'hui. Mais cela, c’est un autre sujet...

 

 

Extrait de : Qu'est-ce qui fait courir les militants ? : analyse sociologique des motivations et des comportements, Stock, 1976. p 271-275.


  « [...] deux conceptions antagonistes divisent toujours les militants du mouvement révolutionnaire entre ceux qui croient nécessaire l'existence préalable d'un parti centralisé (tels les communistes et les trotskistes [6] et ceux qui font confiance aux capacités autogestionnaires des travailleurs.

Toutefois, évident au niveau des principes, ce dualisme ne se retrouve pas aussi nettement dans la pratique des mouvements réels. Les principaux partis se proclament à la fois « d'avant-garde » et « de masse » ; on a vu même des groupes qui se réclamaient de Mao prendre pour une théorie dialectique l'image du parti qui doit être comme un poisson dans l'eau et se donner pour tâche d'« impulser les luttes autonomes ». Cependant, les partisans les plus scrupuleux de la spontanéité ouvrière [7] dénonçaient la logomachie de cette prétendue dialectique comme une manipulation rusée des dirigeants maoïstes ; leur souci de ne pas intervenir en tant qu'appareil dans le mouvement spontané prolétarien leur ferait peut-être accepter l'image du poisson dans l'eau, pourvu que ce fût le « poisson soluble » des surréalistes.

  On rencontre ainsi, par passage à la limite dans la variation de l'essence, une sorte de degré zéro du militantisme, dans la mesure où aucune organisation ne doit préexister, ni même exister pour encadrer, diriger, impulser, prédire, pas même pour conseiller. Les conseils ouvriers se conseillent eux-mêmes, ils sont la source de tout conseil ; ils n'ont besoin d'aucune aide extérieure. Bien mieux, comme on l'a souvent remarqué en période révolutionnaire, ce sont les masses qui sont plus radicales que le comité central du parti, et qui osent plus que lui, comme l'a reconnu Trotski dans son Histoire de la révolution russe [8].

Quoi qu'il en soit de ce dernier point, il reste que la théorie de l'autonomie révolutionnaire du prolétariat met radicalement en question le rôle du militantisme. Car, en attendant que la classe ouvrière prenne ainsi en main son destin, que peut faire un groupe qui adopte cette thèse de l'autonomie ouvrière absolue ? A l'inverse d'une secte qui, poussant à la limite la thèse lénino-blanquiste de l'incapacité des ouvriers à se libérer par eux-mêmes, imposerait une « vérité » qu'elle est seule à percevoir, les autonomistes absolus, par leur souci de n'importer dans les masses aucun message (qui ne pourrait être que sectaire et sans fondement), se mettent en situation de n'avoir rien à faire, rien à dire. Et il est bien clair qu'aucun des rôles énumérés par Max Weber ne saurait leur convenir : ni prophètes, ni virtuoses, ni idéologues, ni prosélytistes, ils ne sont inscrits nulle part et ne sauraient même être taxés de « peu croyants », puisqu'ils ne professent aucune doctrine établie, leur plate-forme pouvant, à chaque instant — comme ils le répétaient à la dernière page de chacun des numéros de leurs publications — être remise en cause, en tout ou en partie. Aucune de nos figures ne leur convient davantage, et pourtant ils se proclament « militants ». De fait, pendant quelque quinze ans, ils prirent sur leur temps libre pour se réunir, pour mettre au point et diffuser leur périodique [9], tout en se privant de toutes les satisfactions qu'une telle activité journalistique pouvait leur procurer : en effet, d'après leur propre doctrine, ils n'enseignaient rien ; ils ne se donnaient pas pour des « maîtres à penser » ; leur mensuel ne leur rapportait rien, il va sans dire, sur le plan financier, et pas davantage en ce qui concerne les petites vanités d'auteur, puisque leurs articles n'étaient pas signés.

Sur ce dernier point, cependant, il ne faudrait pas trop se fier aux apparences ; certes, ils ne se lassaient pas de répéter que « les idées ne sont pas une marchandise porteuse de son étiquette [10] », mais les gens d'I.C.O. ne pouvaient faire que leurs textes — même dépourvus de signatures individuelles — ne portent « la marque d'I.C.O. ». Cette étiquette, très apparente sur leur mensuel, désignait parfaitement son produit comme tout autre de n'importe quelle société anonyme, commerciale ou philanthropique. Dans Le Figaro ou dans L'Humanité, par exemple, les textes non signés n'en portent pas moins (et plutôt plus que moins) l'étiquette du groupe qui les publie. S'il avait développé correctement les conséquences de sa thèse selon laquelle « les idées ne sont pas une marchandise porteuse de son étiquette » (ce qui, soit dit en passant, relève d'un idéalisme un peu candide), le groupe « I.C.O. » aurait dû renoncer à son sigle ; ses textes auraient dû être distribués d'une façon entièrement anonyme, sans aucune marque de fabrique, aucune mention d'origine, aucun signe de reconnaissance, à la manière de certaines inscriptions murales de Mai 68. Or, pendant quinze ans, les gens d' « I.C.O. » ont conservé leur image de marque ; dès lors, pour être collective, leur signature n'en jouait pas moins son rôle. Cela donnait assurément, surtout à l'extérieur, une plus grande apparence d'homogénéité au groupe ; n'importe quel membre — même celui qui n'écrivait jamais rien — bénéficiait du prestige que valait au groupe la publication de son périodique. Au contraire, des signatures individuelles auraient fait apparaître qu'aux lieu et place du « groupe », c'étaient toujours les mêmes deux ou trois personnes qui rédigeaient les papiers.

L'Internationale situationniste [11]  et le groupe « Noir et Rouge » [12] ont bien révélé que, sur ce point, malgré la volonté sincère de pratiquer l'égalité, une rotation des tâches était difficile à réaliser.

Quant à celui qui rédige, il ne se sent pas frustré ; qu'on le veuille ou non, son rôle lui donne le statut de primus inter pares ; l'autorité discrète que lui vaut ce qu'il écrit, renforcée par le fait que les autres membres du groupe savent qu'il ne signe pas (car l'anonymat n'est qu'à l'usage des lecteurs et de quelques membres de province) , peut lui procurer une satisfaction affective assez proche de celle de la « sainteté », et qu'en tout cas on peut préférer à la griserie des batteurs d'estrade.

En réalité, comme on le voit, les militants du groupe « I.C.O. », pas plus que ceux qui publiaient les Cahiers de Mai, ne réussissaient à pratiquer leur théorie ou leur absence affichée de théorie ; ils ne pouvaient réduire leur rôle à celui d'informateurs neutres qui se seraient limités à divulguer certaines luttes ouvrières au-delà du milieu où elles s'étaient produites ; ils savaient bien que les récits qu'ils diffusaient n'étaient pas n'importe quels récits. Auraient-ils (sauf pour s'en moquer) imprimé la narration enthousiaste d'un syndicaliste néophyte qui aurait mis en valeur, dans la conduite d'une grève, les interventions proclamées efficaces et généreuses des permanents d'un grand parti politique ? Il est vrai que leur image de marque elle-même autocensurait déjà leurs correspondants éventuels. Ainsi (et c'est en quoi leur cas est intéressant) , sans réaliser aucune des figures classiques du militantisme, les gens d' « I.C.O. » furent et sont des militants qui permettent d'observer, sous une forme résiduelle, l'essence purifiée du militantisme. Cette essence se définit par la volonté ou par le besoin d'être utile à l'humanité [13] grâce à la diffusion (ou, si l'on veut, la simple transmission) du message authentique (c'est-à-dire non manipulé par les appareils des minorités qui imposent leur « direction ») de la classe ouvrière autonome en lutte pour son émancipation.

Notes 

6. On peut se souvenir, cependant, qu'après la parution de Que faire ? Trotski - avec la même vivacité que Rosa Luxemburg critiqua la thèse de Lénine. (Voir Nos tâches politiques [Paris, Denoël, 1970, 220 p.].)

7. Ce sont, en général, des groupes qui se réfèrent à l'expérience des conseils ouvriers, et que, de ce fait, on désigne parfois du nom de « conseillistes ». On reviendra sur le cas de l'un d'eux : « Informations, correspondance ouvrières », issu d'une scission de « Socialisme ou Barbarie » (1958-1973).

8. Voir à ce sujet mon étude : « Le parti révolutionnaire et la spontanéité des masses », in Communisme et marxisme, op. cit., p. 13-37.

9. Informations, liaisons ouvrières, fondé en 1958, et qui continua à paraître, sous un titre modifié (en 1960) : Informations, correspondance ouvrières, jusqu'en 1973.

10. Informations, correspondance ouvrières, n° 118, juin 1972, p. 30. Voir aussi dans le supplément au même numéro d'I.C.O., Liaisons 8, le texte intitulé : « Encore au sujet de l'anonymat ».

11. La Véritable Scission dans l'Internationale. Circulaire publique de l'Internationale situationniste, op. cit., p. 72 et suiv.

12. Noir et Rouge, Cahiers d'études anarchistes, n° 46, juin 1970, p. 16.

13. On sait que depuis ses dissertations d'adolescent et jusqu'à sa mort Marx s'est dit animé d'un tel souci ; son gendre, Paul Lafargue, rapporte que son mot de prédilection était : « Travailler pour l'humanité. » (Persönliche Erinnerungen, 1890-1891, cité par Nicolaïevski et Maenchen-Helfen : La Vie de Karl Marx, op. cit., p. 29.) Voir aussi la célèbre lettre de Karl Marx à Siegfried Meyer. du 30 avril 1867. De même, Kroupskaïa a dit de Lénine : « Son coeur battait d'un ardent amour pour tous les travailleurs et les opprimés. » (Cité par Medvedev, Le Stalinisme, op. cit., p. 385.)

jeudi 13 août 2020

Les aventures de la conscience de classe [ Fin ]

 Les aventures de la conscience de classe [Fin]

 Matériaux pour une émission (28)

Voici notre conclusion sur le choix de textes sur la conscience de classe. Ceci débouchera probablement sur une émission plus certainement sur une brochure. 


Apposer « conscience » à « classe » ne produit pas à notre avis un sens supplémentaire et acceptable à l’optique qui nous intéresse.

Tout d’abord, parce qu’elle peut réduire l’approche au niveau d’une conception utilitariste.

Les classes existent, et on ne voit pas au niveau élémentaire, quotidien, ce qui pourrait retirer toute « conscience » à n’importe quel individu se mouvant dans l'existence, même si la question du « choix » et de la « liberté » de celle-ci paraît plus épineuse. La problématique est encore plus périlleuse quand elle s’occupe d’agrégats d'individus se pensant uniques et se croyant faire « classe ».

Il ne s’agit pas de nier l’existence de la conscience ou des classes, mais d’indiquer que cette locution peut également basculer et à chaque instant dans un pur sociologisme.

Les conséquences de ce sociologisme, c’est d’en rester là, c’est-à-dire dans une approche éternelle, fixe, descriptive de l’assignation et de s’en contenter dans un rapport au monde, jusque dans les combats et ses perspectives sisyphéennes et pour le dire plus méchamment syndicales.

La conscience de classe indique telle autre chose que la littéralité de la compréhension d’une opposition ? Ne peut-elle pas par exemple, en rester simplement au niveau de la haine et du ressentiment ?

Les promoteurs basiques de la « conscience de classe » y adjoignent non sans raffinement une théorie des « niveaux » de celle-ci, c’est-à-dire une théorie hiérarchique, dont les fins sont assez systématiquement la défense partidaire, comme seule médiation capable de hisser le niveau de cette « conscience » pauvre au niveau du combat de l'infaillible Parti ou de l’organisation et au bénéfice de ceux qui prétendent prendre les places (mêmes symboliques).

Mais nos époques sont fantastiques et les obsessions dirigistes empruntent de nos jours des chemins variables et bien dissimulés comme celui de l’horizontalité autoritaire ou de la démocratie des « premiers concernés » par leurs médiatisations.

Cette nouvelle-ancienne bourgeoisie de la conscience mesure la « radicalité » de telle ou telle grève/lutte par rapport à telle autre.

Ainsi telle lutte « est allée le plus loin » alors que systématiquement elle a vite échappé aux travailleurs au profit des intérêts de racketteurs (et racketteuses) politiques rivaux et professionnels.

Les alchimistes de la conscience perdue du « peuple » ou du « prolétariat » tentent tout pour que le pouvoir ne tombe pas dans la rue ou pour qu’il s’y fracasse très lourdement pour le ramasser ensuite.

Plus l'affrontement entre le capital et le travail exclut les prétentions des directions politiques, plus l'obsession dirigiste s’affirme, quand elles ne tentent pas de le dissoudre dans des chapelets infinis « d’oppressions » à combattre.

Il est possible de le constater avec leurs « bons conseils » et leurs abondantes interjections aux prolétaires qui rendent d’ailleurs leurs discours ennuyeux et sirupeux. Rien de pire pour susciter légitimement l'apathie et le retrait.

Il ne s’agit pas pour autant ici d'idéaliser ou de « suivre » les prolétaires [1] même en mouvement.

Pourquoi ? Parce que nous sommes nous-mêmes des prolétaires. Il n’y a que des gens extérieurs qui suivent ou qui se pensent sur l’avant-scène d’un théâtre d’opérations (politicien) en ce temps totalement imaginaire.

Les aventures fétichistes de la conscience et de son roman masque la richesse pratique des relations sociales de production dans lesquelles nous sommes insérés. Elles sont de chaires et de fluides divers, violentes, plus plastiques et imprévisibles que les réductions économicistes ou même culturalistes. Elles surprennent même les bedeaux de l’économisme [2] et déroutent toujours autant les théoriciens en pyjamas de la prochaine transcroissance.

Que l’on ne nous accuse surtout pas de ne pas vouloir comprendre et d’expliquer le monde ! Mais que l’on nous permette la faveur de l’entrevoir sous d’autres prismes que celui du réifié.

Peut-être que la brochure à paraître pourrait porter comme titre Que faire de la conscience de classe ? Il nous semble déjà difficile de ne pas tomber dans certains écueils. Mais on se devra d’articuler nécessairement notre propos à une perspective, celle du communisme et de ces moyens, qui passent assurément par une révolution. Mais laquelle, serait-on tenté d’ajouter puisque ce terme est si fatigué.

S'agit-il de défendre une nouvelle synthèse (ronflante), à savoir celle de la conscience de classe révolutionnaire communiste ?

Cette interrogation peut sembler paradoxale car elle est aussi superfétatoire que complexe, non par elle-même mais parce que l’époque est aussi volatile que concentrée et totale. Elle rend donc le fait même de se dire révolutionnaire difficile, sauf à imaginer des arrières mondes d'où viendraient des codes (puritains) pour cette métempsychose libertaire.

Une compréhension purement « classiste » du réel peut donner quelques armes efficaces pour nous défendre contre l’idéologie et son ordre dominant (constructiviste, subjectivant et dissolvant) c’est-à-dire celui où il n’y a pas d'objectivité mais que des interprétations.

Mais elle ne semble plus être portée de ce souffle perdu dans le dédale de la scintillante marchandise.

Dommage pour les divulgateurs bénévoles de la conscience ou les humanitaires de la science de la plus-value.

Il est possible de penser que la meilleure des approches soit encore celle de n’avoir aucune illusion et d’en finir définitivement avec toute forme d’espérance de principe.

  

Vosstanie le 14 août 2020


Notes

[1]Voir la préface à Quand le peuple est populaire.

[2]Nous ne voyons rien de répréhensible à vouloir gagner plus tout en travaillant moins...